Entrevista com Dr. Gobatto: Desafios, formação prática e competências na Terapia Intensiva

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A atuação em Terapia Intensiva impõe desafios técnicos e emocionais relevantes, especialmente para médicos em início de carreira. A complexidade dos quadros clínicos, a necessidade de decisões rápidas e o domínio de habilidades específicas exigem mais do que uma boa formação teórica.

Diante da escassez de especialistas no país, especialmente fora dos grandes centros urbanos, os plantões em UTIs surgem como oportunidades concretas de inserção no mercado. No entanto, o cuidado ao paciente crítico exige mais do que disposição: requer domínio técnico, experiência prática e segurança clínica

Neste contexto, o Dr. Gobatto, destaca os principais entraves da prática intensiva e como uma pós-graduação estruturada, com forte componente prático e supervisão especializada, pode suprir as lacunas na formação médica. Coordenador da Pós-Graduação em Terapia Intensiva do Cetrus, Gobatto, compartilha sua visão sobre os caminhos para capacitar médicos que buscam segurança, autonomia e excelência no cuidado ao paciente crítico.

Formação e experiência do coordenador

O Dr. Gobatto é médico especialista em Clínica Médica e em Medicina Intensiva pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Anestesiologia também pela USP. Além disso, possui certificação internacional em Principles and Practice of Clinical Research pela Harvard Medical School.

Com ampla experiência em terapia intensiva e formação acadêmica sólida, o Dr. Gobatto atua como preceptor e coordenador da Pós-Graduação em Terapia Intensiva, conduzindo a formação de médicos por meio de uma abordagem prática, supervisionada e baseada nas melhores evidências científicas disponíveis.

A falta de experiência prática como obstáculo à atuação segura na UTI

Segundo o Dr. Gobatto, muitos médicos enfrentam dificuldades significativas para ingressar na Terapia Intensiva, especialmente por não dominarem o conteúdo teórico de forma integrada à prática. Ele observa que a principal barreira está na ausência de experiência suficiente com pacientes críticos, o que gera insegurança nas decisões clínicas e compromete a condução dos casos.

Essa falta de vivência prática, afirma, tem impacto direto na segurança do atendimento: “Sem essa base prática, erros acontecem, e o cuidado prestado ao paciente grave pode ser prejudicado.” A dificuldade não é apenas técnica, mas também emocional. A pressão do ambiente da UTI exige segurança que, segundo ele, não se adquire apenas com leitura ou aulas, é necessário vivenciar os plantões, praticar condutas e internalizar protocolos sob supervisão.

Domínio de condições críticas e decisões rápidas como foco da formação

O conteúdo programático do curso prioriza o treinamento em situações de alta complexidade, com foco em três principais condições clínicas:

Condição CríticaHabilidade Desenvolvida
Choque SépticoReconhecimento precoce, escolha de vasopressores
Insuficiência RespiratóriaIndicação e ajustes de ventilação mecânica
PolitraumaAvaliação sistêmica rápida, conduta multidisciplinar

Ventilação mecânica e procedimentos invasivos: fundamentos da prática intensiva

A formação inclui treinamento regular e supervisionado em procedimentos considerados essenciais para o intensivista:

Técnicas praticadas no programa:

  • Intubação orotraqueal
  • Punção de acesso venoso central
  • Inserção de cateter arterial
  • Manuseio de respiradores e ajustes de parâmetros ventilatórios

Esse tipo de capacitação visa reduzir o tempo de resposta clínica e aumentar a precisão na execução de procedimentos sob pressão.

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Treinamento em POCUS como ferramenta diagnóstica à beira-leito

Outro componente essencial da formação é o uso do ultrassom point-of-care (POCUS). Gobatto reforça que essa é uma habilidade indispensável para o intensivista moderno, pois amplia a capacidade diagnóstica imediata do profissional.

No programa, o POCUS é abordado desde os fundamentos até a aplicação prática à beira-leito, em avaliações pulmonares, cardíacas e abdominais. “Esse recurso muda completamente a abordagem do paciente crítico. Ensinar seu uso correto é parte do compromisso com uma formação atualizada e eficaz”, diz.

Imersão prática com supervisão direta: o diferencial do programa

O grande diferencial da Pós-Graduação em Terapia Intensiva, segundo Gobatto, é a imersão prática supervisionada em UTI. Diferente de cursos exclusivamente teóricos ou online, o programa proporciona ao médico a oportunidade de atuar em plantões reais, acompanhando pacientes sob orientação contínua de um intensivista experiente.

Essa vivência direta permite que o aluno não apenas observe, mas participe das decisões clínicas, aplique condutas e realize procedimentos com segurança. “Aprender fazendo, com alguém ao lado para guiar, faz toda a diferença na curva de aprendizado do intensivista”, reforça o coordenador.

A importância da supervisão para o desenvolvimento clínico individualizado

A supervisão contínua e próxima é, para Gobatto, um dos pilares mais importantes do programa. Ele ressalta que essa presença docente nos plantões é essencial para garantir que as dúvidas sejam resolvidas no momento em que surgem, o que promove um aprendizado muito mais efetivo.

Além disso, a supervisão permite adaptar a experiência às necessidades de cada aluno. “Conseguimos identificar as lacunas de conhecimento, orientar a prática de forma direcionada e acompanhar a evolução do médico em tempo real. Isso não acontece em turmas grandes ou em programas sem presença ativa do professor”, explica.

Flexibilidade teórica para suporte à prática

A estrutura do curso também contempla uma plataforma online com aulas gravadas, que complementam o conteúdo vivenciado na prática. Gobatto aponta essa flexibilidade como uma ferramenta importante para o médico que precisa conciliar plantões, consultas e formação contínua.

“Sabemos que o tempo do médico é escasso. Por isso, as aulas teóricas podem ser acessadas conforme a disponibilidade do aluno. Isso facilita a revisão de temas complexos e a preparação para os plantões, reforçando o aprendizado prático com uma base sólida de conhecimento”, afirma.

Turmas reduzidas garantem atenção personalizada ao aluno

O número limitado de vagas no curso é uma escolha intencional, segundo o coordenador. Com turmas pequenas, o programa consegue manter um acompanhamento mais próximo dos alunos, possibilitando avaliações frequentes e intervenções pedagógicas pontuais.

Gobatto defende que essa configuração é fundamental para garantir a qualidade do ensino e a formação efetiva do intensivista. “Com menos alunos, conseguimos formar com mais profundidade. O aprendizado não é homogêneo, cada médico tem um ritmo e um perfil, e o programa precisa estar preparado para isso.”

Capacitação rápida e direcionada

Outro ponto abordado por Gobatto é a limitação das vagas em residências médicas, o que dificulta o acesso formal à especialização em Medicina Intensiva. Ele destaca que o mercado de trabalho já exige médicos com capacidade de atuação imediata em UTI, o que torna a qualificação prática urgente.

Nesse cenário, cursos como o coordenado por ele se tornam estratégicos: “A pós-graduação oferece uma alternativa viável para quem quer adquirir segurança e desenvolver experiência real, especialmente quando estruturada para reproduzir as exigências do cotidiano da UTI.”

Muitos médicos, de áreas como clínica médica, radiologia, nefrologia ou pneumologia, buscam no curso de medicina intensiva justamente se aprimorar nessa área e ganhar experiência.

Mais confiança, autonomia e protagonismo clínico

Gobatto é enfático ao afirmar que, ao concluir a Pós-Graduação, o médico estará preparado para atuar com segurança e autonomia na UTI. Segundo ele, os alunos passam por uma transformação visível ao longo do curso, superando a insegurança inicial e assumindo protagonismo nas decisões clínicas.

“O médico termina o curso pronto para tomar decisões, gerenciar casos graves e trabalhar em equipe com eficácia. Ele deixa de ser coadjuvante e passa a liderar o cuidado ao paciente crítico”, afirma.

Qualificação prática como diferencial competitivo no mercado

Finalizando a entrevista, Dr. Gobatto destaca que o maior benefício para o médico é estar preparado para enfrentar a realidade da UTI com segurança. Ele observa que, cada vez mais, o mercado valoriza profissionais que demonstram competência prática e capacidade de decisão.

Benefícios profissionais:

  • Maior segurança para assumir plantões
  • Acesso a posições de liderança
  • Melhoria da remuneração
  • Base sólida para prova de título ou especializações futuras

Aprimore sua prática clínica em Terapia Intensiva com formação supervisionada

Se você busca atuação segura e fundamentada na UTI, a Pós-Graduação em Terapia Intensiva do Cetrus, coordenado pelo Dr. Gobatto, oferece uma formação prática intensiva com supervisão direta em ambiente hospitalar real. Com base em evidências, foco em habilidades críticas como ventilação mecânica, POCUS e manejo de pacientes graves, o curso é ideal para médicos que desejam consolidar sua autonomia clínica e ampliar suas oportunidades profissionais. Garanta sua vaga e eleve sua atuação na medicina intensiva.

Supervisão: Dr. Gobatto
📍 São Paulo (SP)
📅 Duração: 12 meses
🎓 Pós-graduação Lato Sensu reconhecida pelo MEC com prática ambiente de UTI
🔒 Vagas limitadas

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Dr. Gobatto
Dr. Gobatto
Medicina Intensiva

Médico Especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva pela USP, Doutor em Anestesiologia pela USP e certificado em Principles and Practice of Clinical Research pela Harvard Medical School. Com uma carreira voltada para a Medicina Intensiva, o Dr. Gobatto é um profissional altamente qualificado, dedicando-se à prática médica de excelência e à pesquisa clínica.

CRM 21218 BA – RQE 13151 – RQE 13150

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