Implanon no SUS em 2025: indicações, eficácia e como se habilitar para inserir o implante

Médica usando jaleco branco, estetoscópio e crachá, conversa sorrindo com uma paciente jovem enquanto segura uma prancheta. As duas estão em um consultório, com uma mesa ao fundo contendo livros, documentos e um modelo anatômico do útero.

Índice

O Implanon, método contraceptivo de longa duração amplamente utilizado em serviços públicos, segue em 2025 como uma das principais estratégias do SUS para ampliar o acesso a métodos eficazes e seguros. Indicado especialmente para mulheres que buscam contracepção altamente eficaz, discreta e de longa duração, o implante oferece proteção contínua por até três anos com taxa de falha inferior a 1%.

Além disso, profissionais de saúde precisam estar habilitados por capacitação específica, seguindo protocolos do Ministério da Saúde, para realizar sua inserção de forma segura. A seguir, abordam-se as indicações, eficácia e os requisitos para habilitação profissional no SUS.

O que muda com a oferta do Implanon no SUS

A ampliação da oferta de métodos contraceptivos no SUS representa uma mudança estrutural no acesso à saúde reprodutiva no Brasil, especialmente ao incluir opções modernas, seguras e altamente eficazes, como os contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC). Essa expansão busca enfrentar um cenário marcado por altas taxas de gravidez não planejada, influenciadas por falhas no uso de métodos de curta duração, desigualdades socioeconômicas, barreiras geográficas e limitações de educação em saúde sexual.

Portanto, a introdução e a maior disponibilidade de métodos como DIUs hormonais, DIU de cobre e implante subdérmico representam um avanço importante, pois oferecem elevada eficácia, independem do comportamento da usuária e requerem pouca manutenção, reduzindo significativamente o risco de falhas contraceptivas.

Com a oferta ampliada no SUS, mulheres de diferentes faixas etárias e condições sociais têm a oportunidade de acessar métodos que antes eram restritos ao setor privado devido ao alto custo. Isso contribui para diminuir disparidades historicamente associadas ao planejamento familiar, especialmente entre adolescentes, mulheres jovens, de baixa renda e com menor escolaridade.

Além disso, ao garantir métodos de longa duração de forma gratuita, o sistema favorece a autonomia reprodutiva, permitindo que as mulheres planejem melhor o momento de engravidar, com impactos positivos na saúde física, mental e no bem-estar socioeconômico.

Do ponto de vista de saúde pública, a ampliação dos métodos contraceptivos pelo SUS reduz custos indiretos e diretos relacionados a complicações da gravidez não planejada, partos de risco e abortos inseguros. Também contribui para melhores indicadores materno-infantis, menor mortalidade e redução da sobrecarga nos serviços de saúde. A oferta estruturada desses métodos, aliada a um aconselhamento qualificado, fortalece a adesão, melhora a continuidade do uso e amplia as possibilidades de dupla proteção.

Ficha técnica do Implanon

O Implanon NXT® é um contraceptivo reversível de longa duração composto por um implante subdérmico contendo 68 mg de etonogestrel, um progestágeno sintético derivado da 19-nortestosterona.

Desenvolvido para oferecer proteção contraceptiva por até três anos, é disponibilizado em um aplicador único que facilita sua colocação. Registrado pela Organon e fabricado na Holanda, possui aprovação da Anvisa para anticoncepção.

A inserção deve ser realizada por profissional habilitado, em técnica asséptica, posicionando o implante na face medial do braço não dominante, logo abaixo da pele, sobre a região do tríceps.

Indicações clínicas do Implanon

Indica-se o implante subdérmico de etonogestrel (Implanon NXT) para a prevenção da gravidez não planejada em mulheres adultas de 18 a 49 anos. A indicação proposta amplia o acesso ao método para todas as mulheres nessa faixa etária, independentemente de condições específicas.

Embora o SUS já utilizasse o implante em alguns grupos vulneráveis, como mulheres vivendo com HIV, adolescentes em situação de maior risco e pessoas em situação de rua, a proposta atual busca universalizar sua oferta para todas as mulheres adultas em idade reprodutiva.

A indicação clínica, portanto, abrange mulheres que desejam um método contraceptivo de longa duração, seguro e eficaz, contribuindo para reduzir gestações não planejadas e promovendo maior equidade no acesso aos métodos contraceptivos no SUS.

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Contraindicações do Implanon

O Implanon não deve ser utilizado por mulheres que apresentem qualquer condição que contraindique seu uso seguro.

Ele é proibido para quem possui alergia ao etonogestrel ou a qualquer componente do implante. Também não pode ser inserido em mulheres que tenham trombose atual ou prévia, como trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Da mesma forma, é contraindicado em casos de icterícia, doença hepática grave, disfunção importante do fígado ou presença de tumores hepáticos.

Além disso, não recomenda-se o método para mulheres que têm, tiveram ou possuem risco de desenvolver câncer de mama ou tumores ginecológicos, bem como por aquelas que apresentam sangramento vaginal sem causa esclarecida. O Implanon é contraindicado ainda durante a gravidez ou quando há suspeita de gestação, sendo recomendado realizar teste antes da inserção em caso de dúvida.

Além das contraindicações absolutas, existem condições nas quais o uso requer acompanhamento médico mais rigoroso. Mulheres com história prévia de câncer de mama, doença hepática, trombose, diabetes, obesidade, dislipidemias, epilepsia, tuberculose, hipertensão ou tendência a cloasma devem informar o médico antes da inserção, já que essas situações podem modificar a segurança do método.

Eficácia e benefícios do Implanon

O Implanon é um implante contraceptivo subdérmico que se destaca como um dos métodos reversíveis de longa duração mais eficazes disponíveis. Ele oferece proteção contraceptiva contínua por até três anos, com taxas de falha extremamente baixas, já que não depende da adesão diária da usuária. Por ser um método somente com progestágeno, recomenda-se seu uso por mulheres que não podem ou não desejam usar estrogênio, ampliando seu perfil de segurança.

Além da alta eficácia, o Implanon proporciona grande praticidade: após a inserção, não exige cuidados diários, não interfere nas atividades cotidianas e permanece discreto sob a pele. Estudos também mostram boa aceitação e elevados índices de satisfação entre usuárias, principalmente pela comodidade e pela tranquilidade de ter um método contraceptivo confiável sem a necessidade de lembrança contínua.

Quem pode inserir e remover

Somente profissionais de saúde treinados podem inserir e remover o Implanon, conforme orienta a fabricante e as diretrizes nacionais. Esse treinamento torna-se indispensável porque a técnica exige precisão para colocar o implante no tecido subdérmico e removê-lo com total segurança.

Em geral, médicos, especialmente ginecologistas, médicos de família, obstetras e outros profissionais autorizados pelo serviço, são os responsáveis pela execução. Independentemente da especialidade, o ponto central é que o profissional deve estar formalmente capacitado e dominar todas as etapas da técnica. Isso inclui os pontos anatômicos, os sinais de posicionamento correto e os riscos associados à inserção e à remoção.

Como obter habilitação profissional

Para estar apto a inserir e remover o Implanon, o profissional deve passar por um treinamento certificado, oferecido pela fabricante (Organon) ou por instituições reconhecidas que utilizam o conteúdo oficial.

Essa capacitação aborda desde os critérios de indicação e contraindicação até o domínio da técnica, incluindo medidas assépticas, escolha do local adequado, manejo de complicações e passos da remoção.

Em muitos serviços públicos, especialmente no SUS, a habilitação envolve participar de cursos, oficinas práticas ou capacitações internas promovidas pelas secretarias de saúde. Apenas após completar essa formação e demonstrar competência técnica, autoriza-se o profissional a realizar o procedimento no serviço.

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