Posted on

Saiba como identificar os aspectos das tireoidopatias crônicas no exame de ultrassom

Entenda como as tireoidopatias podem ser identificadas no exame de ultrassom, oferecendo um tratamento oportuno ao seu paciente. Boa leitura! 

O ultrassom é uma ferramenta que tem sido cada vez mais empregada no diagnóstico de tireoidopatias. Considerando o aumento da prevalência dessas doenças, é fundamental que o médico esteja familiarizado com os achados patológicos ao exame que indiquem condições alteradas da tireoide. 

Princípios básicos da ultrassonografia para avaliação de tireoidopatias 

O surgimento de transdutores de alta resolução nos últimos anos, vem permitindo cada vez mais o acesso as estruturas superficiais. 

Considerando-se que a maioria dos processos patológicos em cabeça e pescoço ocorre entre 1 e 5 cm de profundidade, não é difícil imaginar porque a ultrassonografia ganhou popularidade nessa área. Estruturas como tireoide, paratireoide, linfonodos e vasos cervicais podem ser muito bem estudadas.

Nas doenças da tireoide não poderia ser diferente. Uma das áreas com maior benefício nesse estudo são as tireoidopatias crônicas.À ultrassonografia, a tireoide normal tem contornos lisos, margens regulares, textura homogênea e ecogenicidade relativamente maior, comparada aos músculos cervicais adjacentes.

Figura 1 – Tireoide normal ao ultrassom

Tireoidite crônica autoimune (ou de Hashimoto)

A tireoidite crônica autoimune, também conhecida como linfocítica crônica autoimune ou de Hashimoto, está intimamente relacionada a outras doenças autoimunes, como lúpus, vitiligo, anemia perniciosa, entre outras, o que pode se destacar durante a investigação médica.

Essa condição é mais prevalente em mulheres, com uma proporção de cerca de 9 para 1 em comparação aos homens. Geralmente, se manifesta como um aumento difuso da glândula tireoide, comumente indolor, ocorrendo em mulheres jovens ou na faixa etária entre 30 e 50 anos. 

Inicialmente, pode transcorrer de forma assintomática, evoluindo gradualmente para um quadro característico de hipotireoidismo. Seu curso evolutivo ocorre em diferentes fases.

Evolução da doença 

Na fase inicial, aguda, os sinais podem incluir aumento da glândula com bordas arredondadas, textura heterogênea e aspecto hipoecogênico

O aumento difuso da tireoide pode ser notado também pelo espessamento do istmo, normalmente uma estrutura fina que tem menos de 6 mm na dimensão anteroposterior.

Neste estágio, a análise por mapeamento Doppler revela uma hipervascularização do tecido, lembrando o padrão de “inferno tireoidiano” da doença de Graves. 

No entanto, os valores de velocidade de pico sistólico são significativamente menores do que na doença de Graves, tornando essa avaliação muito útil para diferenciar entre essas duas condições.

À medida que avança, a glândula adquire uma aparência típica de tireoidite crônica hipertrófica, demonstrando uma textura difusamente heterogênea com áreas pseudonodulares hipoecogênicas

Essas áreas são envoltas por traves ecogênicas, consistentes com um infiltrado linfocítico. Além disso, pode ocorrer o surgimento de linfonodomegalia cervical reativa, aumentando a complexidade do quadro.

Esse processo evolutivo gradual e suas manifestações ultrassonográficas fornecem insights valiosos para o diagnóstico diferencial entre várias condições da tireoide, permitindo uma abordagem mais precisa e direcionada ao tratamento e monitoramento dessas patologias.

Leia também: Ultrassom de tireoide: quando solicitar

Tireoidopatias: achados na ultrassonografia 

Nas fases finais da tireoidite crônica, a tireoide está com tamanho reduzido, os contornos são mal definidos, a textura é difusamente heterogênea e ecogênica, em virtude da extensa fibrose.

Nesta fase ocorre uma redução significativa da vascularização da glândula ao mapeamento com o Doppler colorido.

Figura 2 – Em A Lobo esquerdo da tireoide apresentando dimensões aumentadas por causa da tireoideite de Hashimoto. Apresenta ainda uma textura heterogênea e presença de traves ecogênicas fibrosas. Em B O Power Doppler mostra hipervascularização difusa.
Figura 3 – Tireoide apresentando contornos irregulares e dimensões reduzidas, por causa da tireoidopatia crônica.

A tireoidite de Hashimoto está associada a um risco maior de carcinoma papilífero e de linfoma não Hodgkin, havendo formação de nódulos maiores dentro da glândula, sendo a PAAF frequentemente necessária para o diagnóstico diferencial.

Alterações ultrassonográficas associadas ao hipotireoidismo

As alterações ultrassonográficas associadas ao hipotireoidismo podem ser distintas e oferecem informações valiosas para o diagnóstico e acompanhamento clínico. 

Tamanho Aumentado da Glândula

  A glândula tireoide tende a aumentar de tamanho, resultando em um aumento difuso e simétrico. Isso pode ser observado como um aumento volumétrico geral da tireoide.

Textura Heterogênea

A textura da glândula pode se tornar mais heterogênea, com áreas de maior e menor ecogenicidade. Isso pode ser resultado de edema, fibrose ou infiltrado linfocítico.

Aspecto Hipoecogênico

O tecido da tireoide pode apresentar-se mais hipoecogênico, indicando uma redução na capacidade do tecido glandular de refletir os sinais ultrassonográficos, muitas vezes associado a processos inflamatórios.

Aumento da Ecogenicidade Periférica

É comum observar uma margem periférica mais ecogênica, um reflexo da reação inflamatória que pode estar presente nas bordas da glândula.

Presença de Nódulos Tireoidianos

O hipotireoidismo está associado a um aumento na prevalência de nódulos tireoidianos. 

Esses nódulos podem ser solitários ou múltiplos e requerem avaliação adicional para determinar a natureza benigna ou maligna.

Redução do Fluxo Vascular

Em alguns casos, pode ser observada uma diminuição do fluxo sanguíneo na glândula tireoide, indicativa da redução na atividade metabólica global associada ao hipotireoidismo.

Atrofia em Estágios Avançados

Em fases mais avançadas ou crônicas do hipotireoidismo não tratado, a glândula pode sofrer atrofia. Isso se manifesta como uma diminuição no tamanho da tireoide e pode estar associado a uma textura mais homogênea.

Essas características ultrassonográficas são indicativas, porém não específicas, do hipotireoidismo. O contexto clínico, os resultados laboratoriais e outros exames devem ser considerados para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Características associadas ao hipertireoidismo 

No hipertireoidismo, as características ultrassonográficas da tireoide podem demonstrar padrões distintos que refletem a atividade aumentada da glândula. Aqui estão algumas das características comuns observadas:

Diminuição do Volume da Tireoide

Em muitos casos de hipertireoidismo, a glândula tende a apresentar um tamanho reduzido ou mesmo normal

Isso ocorre devido à atividade metabólica aumentada que pode levar à diminuição do tecido glandular.

Textura Homogênea ou Redução da Ecogenicidade

A glândula pode exibir uma textura mais homogênea devido à redução do tecido coloidal e à diminuição da presença de áreas hipoecogênicas. Em alguns casos, pode haver uma diminuição na ecogenicidade geral da tireoide.

Aumento do Fluxo Vascular

O hipertireoidismo está associado a um aumento do fluxo sanguíneo na glândula. O mapeamento Doppler pode revelar um padrão de alta vascularização, com aumento do fluxo sanguíneo intra-tireoidiano.

Presença de Nódulos ou Pseudonódulos

Pseudonódulos ou áreas de hipoecogenicidade focal podem ser observados, muitas vezes devido à presença de áreas de maior atividade metabólica ou hiperplasia focal.

Glândula Difusamente Hipoecogênica

Em alguns casos, a glândula pode apresentar uma aparência difusamente hipoecogênica devido à diminuição do conteúdo coloidal e à ativação aumentada das células foliculares.

Aumento do Tamanho dos Vasos Sanguíneos

A análise do mapeamento Doppler pode revelar vasos sanguíneos dilatados ou de maior calibre, indicativos do aumento do fluxo sanguíneo e do metabolismo local.

É importante lembrar que as características ultrassonográficas do hipertireoidismo podem variar consideravelmente entre os pacientes e, em alguns casos, podem sobrepor-se com achados normais ou outras condições da tireoide. 

A correlação com os dados clínicos, resultados laboratoriais e outros exames é crucial para um diagnóstico preciso e uma gestão eficaz do hipertireoidismo.

Como relacionar os achados ultrassonográficos com os sintomas clínicos do paciente

Relacionar os achados ultrassonográficos com os sintomas clínicos do paciente é essencial para estabelecer uma correlação diagnóstica mais completa. Aqui estão algumas maneiras de fazer essa relação:

Contextualização Clínica

Comece analisando os sintomas apresentados pelo paciente. Por exemplo, se alguém se queixa de fadiga, ganho de peso e sensação de frio constante, isso pode sugerir hipotireoidismo. 

Ainda, se o paciente apresenta sintomas como ansiedade intensa, perda de peso e palpitações, o hipertireoidismo passa a ser uma possibilidade ainda mais forte.

Interpretação dos Achados Ultrassonográficos

Os achados clínicos nesse caso estão ainda mais relacionados ao ultrassonográfico. Como exemplo, um aumento difuso da tireoide observado na ultrassonografia pode estar associado ao hipotireoidismo, enquanto uma glândula com tamanho normal ou reduzido e maior vascularização pode ser indicativo de hipertireoidismo.

Gravidade e Extensão dos Achados Ultrassonográficos

A gravidade e a extensão dos achados no ultrassom podem ajudar a determinar a gravidade e a fase da condição da tireoide. 

Por exemplo, uma tireoide com pseudonódulos, aumento difuso e textura heterogênea pode ser mais sugestiva de tireoidite crônica autoimune.

Correlação com Testes Laboratoriais

Combine os achados ultrassonográficos com os resultados dos testes laboratoriais, como os níveis de hormônios tireoidianos (T3, T4 e TSH), anticorpos tireoidianos (como anti-TPO e anti-TG) e outros marcadores relevantes para confirmar e direcionar o diagnóstico.

Avaliação Longitudinal

Acompanhe o paciente ao longo do tempo para entender como os achados ultrassonográficos se correlacionam com a progressão da condição

Isso pode ajudar na determinação da eficácia do tratamento e na monitorização de qualquer alteração nos sintomas e na aparência da glândula.

Discussão Interdisciplinar

Em alguns casos, uma discussão interdisciplinar entre radiologistas, endocrinologistas e clínicos pode ser crucial para interpretar os achados de forma mais abrangente, considerando diferentes perspectivas e experiências.

A correlação entre os achados ultrassonográficos e os sintomas clínicos é uma parte importante do diagnóstico e do manejo de condições da tireoide. Isso permite uma compreensão mais holística da saúde do paciente e ajuda na elaboração de um plano de tratamento mais personalizado e eficaz.

Resultados do exame de ultrassom e o direcionamento do tratamento das tireoidopatias crônicas 

Os resultados dos exames de ultrassom desempenham um papel crucial no tratamento e monitoramento das tireoidopatias crônicas. 

Esses resultados oferecem informações detalhadas sobre a condição da glândula tireoide, ajudando os médicos a entenderem a extensão e a gravidade da doença.

Baseando-se nos achados ultrassonográficos, os médicos podem decidir o curso inicial do tratamento. A exemplo disso, a identificação de nódulos na tireoide pode levar a biópsias para uma avaliação mais precisa da natureza desses nódulos. Isso é crucial para diferenciar entre nódulos benignos e malignos.

Além disso, o ultrassom é fundamental para o acompanhamento contínuo do paciente. Durante esse processo, os médicos podem monitorar qualquer mudança na aparência da glândula, como alterações no tamanho dos nódulos, na vascularização ou na textura. 

Essas mudanças podem indicar a progressão da doença ou a resposta ao tratamento, permitindo ajustes terapêuticos conforme necessário.

Os exames de ultrassom também ajudam na identificação de complicações potenciais, como compressão de estruturas vizinhas ou o desenvolvimento de linfonodos anormais. Em situações mais avançadas, esses resultados podem influenciar diretamente as decisões de gestão do paciente.

Quando cirurgias são consideradas, o ultrassom oferece informações detalhadas para o planejamento desses procedimentos. Ele ajuda a determinar a extensão da intervenção cirúrgica e auxilia na identificação de estruturas críticas próximas à tireoide.

Com isso, os resultados do ultrassom, quando interpretados em conjunto com dados clínicos e outros exames, são essenciais para uma abordagem completa e personalizada no tratamento e monitoramento das tireoidopatias crônicas. Isso permite um cuidado mais preciso e eficaz, garantindo uma gestão adequada para os pacientes.

Caso clínico sobre o uso da ultrassonografia e tireoidopatias 

Joana, 42 anos, previamente hígida, apresentava sintomas de fadiga persistente, ganho de peso inexplicável, pele seca e sensação de frio constante nos últimos seis meses. 

Ela notou um inchaço no pescoço, mas não sentia dor ou desconforto associado a isso. Além disso, não tinha histórico familiar significativo de doenças da tireoide.

Exames iniciais

Os exames laboratoriais revelaram níveis elevados de TSH (hormônio estimulante da tireoide) e níveis diminuídos de T4 livre

Os anticorpos anti-TPO também estavam consideravelmente elevados.

Ultrassom da tireoide

Diante dos sintomas e dos resultados laboratoriais sugestivos de disfunção tireoidiana, foi realizado um ultrassom da tireoide para avaliar a glândula em detalhes. 

O exame ultrassonográfico revelou um aumento difuso na glândula tireoide, apresentando bordas arredondadas, textura heterogênea e áreas hipoecogênicas.

Além disso, foram observadas características específicas, como aumento do fluxo vascular intra-tireoidiano, espessamento do istmo e áreas de maior ecogenicidade periférica. O ultrassom indicou um padrão típico de tireoidite crônica autoimune (Doença de Hashimoto).

Resultado e tratamento para tireoidopatias

Com base nos achados clínicos, nos exames laboratoriais e no ultrassom, foi estabelecido o diagnóstico de tireoidite crônica autoimune (Doença de Hashimoto). 

O tratamento foi iniciado com hormônios tireoidianos sintéticos para repor os níveis hormonais diminuídos.

A ultrassonografia foi fundamental para confirmar o diagnóstico, fornecendo detalhes visuais da tireoide e apoiando a decisão terapêutica. 

Além disso, serviu como uma ferramenta valiosa para monitorar a evolução da condição ao longo do tratamento, permitindo ajustes adequados na terapia conforme necessário.

Quer dominar a avaliação da tireoide e outras regiões cervicais?

No Cetrus, temos o curso intensivo de Ultrassonografia em Tireoide, Cervical e Glândulas Salivares, em que você aprenderá a:

  • Identificar, descrever e diferenciar as patologias difusas da tireoide;
  • Descrever os nódulos de tireoide identificando aqueles com maior risco de malignidade;
  • Identificar e descrever as patologias de glândulas salivares;
  • Localizar linfonodos em níveis e identificar aqueles suspeitos de malignidade;
  • Realizar PAAF de tireoide guiada por ultrassom.

Banner promocional: Conheça os cursos de especialização e pós-graduação do Cetrus.

Referências 

Visão geral da utilidade clínica da ultrassonografia nas doenças da tireoide. Jennifer A Sipos, MD. UpToDate.

14 Replies to “Aspecto das tireoidopatias crônicas ao exame de ultrassom”

  1. Lobo Direito: Com forma e contornos normais, apresentando característica
    ecogênica mista. (Ti rads ll)
    Medindo:1,0x 4,0x 2,9cm. Volume: 6,03cm3
    .
    Lobo Esquerdo: Com forma e contornos normais, apresentando característica
    ecogênica mista. (Ti rads ll).
    Medindo:1,1x 4,1×1,6cm. Volume: 3,75cm3
    .
    Istmo: Com forma e contornos normais, apresentando característica
    ecogênica mista, medindo 0,2cm.

    I.D. Sinais ecográficos compatíveis com Tireoideopatia. (Ti rads ll)

    O q significa?

  2. Olá! Meu resultado deu Tireoidite crônica difusa eutrofica. Gostaria de saber o que significa, estou preocupada.😞

  3. Pecado abrir espaço para perguntas e não responder a ninguém.
    Cada dia pior a medicina.

  4. Olá, meu médico disse que tenho hashimoto pois no meu exame a tireoglobulina anticorpos (ANTI) deu positiva além do tsh que estava super elavado (10,96), tomei levoid por dois meses, repeti o exame e minha tireoglobulina anticorpos (ANTI) voltou ao normal e não apresentou inflamação na ultrassonografia de doppler e meu tsh ficou muito baixo (0,03), ainda posso ter Hashimoto? não entendi o que houve

  5. Eu tinha um médico que falava que não era nada meu nódulo , porém quando mudei de médico ele quis investigar fazer ultrassom com doopler e apareceu um fluxo é era suspeito então ele quis fazer punção continuo com diagnóstico suspeito e então fiz a cirurgia da retirada total da tiroide e foi para biópsia será um carcinoma graças a deus estou curada .

    1. patricia, como vc esta se sentindo sem a tireoide? houve mudanças no organismo?

      1. Oi Mary, Não sou a Patrícia mas retirei a tireóide. Faço reposição: um comprimido todo santo dia pela manha em jejum e após 1h como. Não sinto nenhuma diferença. Apenas que antes desta cirurgia minha menstruação durava 5 dias e eu tinha uma TPM horrorosa, hoje dura 2 dias e fico bem menos irritada =D. Mas isso foi comigo, cada organismo reage de uma maneira diferente. Boa sorte

  6. Tenho dois nódulos na garganta um de cada lado sempre são pequenos mas em alguns momentos eles crescem uma vez um dos nódulos de um lado ficou do tamanho de um limão fiquei com muita fraqueza e dificuldade de engolir fui no médico e ele dizer que não era nada mas desde então sinto estes nódulos que não somem o que pode ser

  7. boa tarde, fui operada a tiroide ha 6 meses e tirei varios nodulos e bocio mergulhante, passados estes 6 meses senti um alto no pescoço e depois de fazer ecografia foi diagnosticado presenca de volumosa formacao nodular solida heterogenea, medindo 36mm, com classificacao TIRADS 3, refere entretanto hipervascularizacao do tecido tiroideu bilateral, devo ficar preocupada?
    atencao quando fui operada nao me foi tirada a tiroide na totalidade, fiquei com um pouquinho do lado esquerdo
    obrigada a quem me responder
    josefa ferreira

  8. fiz uma utra da tireoide e deu tireoide com textuta heterogenea o que isso significa

  9. Dr. O meu resultado consta sinais geográficos inespecificos de tireoidopatia difusa.
    O que significa.
    É grave.

Comments are closed.