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Medicina integrativa: o que é, pilares, usos e mais

Entenda melhor os usos, pilares e diferenciais de adotar a Medicina Integrativa em sua prática clínica. Nela as intervenções tradicionais se aliam às técnicas não alopáticas para oferecer o tratamento mais completo ao paciente

A área da saúde está em constante evolução e com ela novas metodologias de tratamento se desenvolvem ou se adequam para atender às demandas da sociedade. Um reflexo desse cenário são os pacientes de hoje, que diferentemente de outras gerações, buscam estar informados e esperam no atendimento médico um olhar mais humanizado e apurado para as suas questões.

Tendo em vista esse novo perfil de paciente, as metodologias tradicionais muitas vezes se tornam ineficazes e exigem que o médico se reinvente para atender as demandas do seu paciente. Diante disso, a Medicina Integrativa vem oferecer um novo viés para os métodos tradicionais e um olhar mais aguçado para a relação médico-paciente, bem como o papel que cada um desses indivíduos desempenham no processo de tratamento.

O que é a Medicina Integrativa?

A Medicina Integrativa é a abordagem médica que visa realizar uma análise aprofundada do paciente, como forma de compreendê-lo num todo e entender as causas do seu adoecimento. A ideia é oferecer o tratamento que melhor se adapte ao paciente.

O que diferencia a Medicina Integrativa das metodologias tradicionais é a maneira como o paciente é enxergado. A metodologia procura compreendê-lo não só organicamente, mas a partir de suas características físicas, psicológicas, sociais, culturais e até mesmo espirituais, já que parte do princípio que as patologias podem ser causadas não apenas por questões fisiológicas e orgânicas, mas por fatores psicológicos e até relacionados às suas crenças.

Pilares da Medicina Integrativa

Medicina Integrativa não é uma abordagem que visa substituir o modelo tradicional, mas ser um complemento para oferecer o tratamento mais eficiente ao paciente. Segundo o artigo dos autores Kracick, Pereira e Iser publicado na revista científica Saúde em Debate em dezembro de 2019, é discorrido que a Medicina Integrativa é composto de práticas em saúde que combinam técnicas não medicamentosas à medicina moderna. Eles destacam quatro pilares:

  1. Tratamento do indivíduo como um todo, e não de maneira cartesiana;
  2. Relação não hierárquica e interdisciplinar com a Medicina Alopática Convencional (MAC);
  3. Abordagem multidisciplinar e construção de consensos;
  4. Cuidado com efetividade e custo acessível.

Procura pela Medicina Integrativa

As queixas mais comuns vistas nos consultórios, que levam os indivíduos a se interessarem pelas práticas de Medicina Integrativa, geralmente estão relacionadas a depressão, ansiedade, insônia, problemas de memória e concentração, dores crônicas e articulares.

Dinamicidade do tratamento

Nos modelos de tratamentos convencionais, observa-se os pacientes como sujeitos passivos e que recebem instruções e medicamentos, mas que não atuam diretamente no seu processo. Enquanto que na Medicina Integrativa propõe-se que o paciente seja colocado no papel de protagonista, passando a ser responsável na manutenção da sua saúde e sujeito ativo no seu processo de cura. Mesmo que a proposta de tratamento seja diferente, não significa necessariamente que o paciente não receberá instruções ou não tomará medicações, mas também serão pensadas alternativas eficazes como forma de complementar o tratamento primário.

O tratamento é interdisciplinar e alia as intervenções médicas tradicionais com as metodologias de outros profissionais, como psicólogos, nutricionistas, terapeutas, agentes de saúde, dentre outros. Assim proporcionando maior gama de possibilidades de intervenção e a flexibilização do tratamento, possibilitando ao paciente ser mais ativo dentro das suas especificidades.

Atuação profissional

 A Medicina Integrativa atualmente é uma área de atuação bastante atrativa, por possibilitar aos médicos de todas as especialidades aderirem a abordagem e atuarem em diferentes frentes, sejam elas no setor público ou privado. O médico tem a possibilidade de trabalhar em clínicas, hospitais, consultórios, empresas e centros de pesquisas.

Por que adotar a Medicina Integrativa no seu consultório?

O médico, por ter uma abordagem interdisciplinar em mãos, consequentemente tem um maior alcance de ação e não fica restrito às técnicas alopáticas, assim, ocasionando diversificação no seu arsenal e maior procura de pacientes por seus serviços.

Referências:

  1. Goedert, MCCC et al. Os benefícios da medicina integrativa e os desafios para sua implantação no Brasil: revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v.13, n.7, 2021
  2. Kracik, MLA et al. Medicina Integrativa: um parecer situacional a partir da percepção de médicos no Sul do Brasil. Rev Saúde em Debate, n. 43, dez/2019

9 Replies to “Medicina Integrativa”

  1. Também tenho interesse e aguardo maiores informações sobre o cronograma disciplinar e professores. Obrigada.

  2. Que bom, temos interesse, apesar de já fazer um com o Dr. Lair Ribeiro
    Mas, veremos

    aluizio farias

  3. Estudo Farmácia e sou Farmácia em Ciências Biológicas e Pós-graduação em Análise e Clínica e Microbiologia.
    Posso atuar na Medicina Integrativa ?

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