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Cardiopatias congênitas estão relacionadas a comprometimento do neurodesenvolvimento, reforça estudo

Trabalho frisa a importância de desenvolver estratégias para manejo adequado

Pediatric Cardiology volume 42, pages1–18 (2021)

A doença cardíaca congênita é um dos tipos mais comuns de malformações congênitas. Nas últimas décadas, a sobrevivência melhorou drasticamente. Atualmente, 90% dos neonatos com cardiopatias ao nascimento sobrevivem até a idade adulta. Embora a disfunção neurológica evidente seja rara em portadores de cardiopatias congênitas críticas, eles têm um perfil de comprometimento do neurodesenvolvimento que consiste em uma redução leve no desempenho cognitivo, desafios na interação social, desatenção, impulsividade, funções executivas prejudicadas e pior linguagem pragmática. Por isso, separamos o artigo a seguir, que será abordado no curso de Atualização em Ecocardiografia e Cardiologia Fetal do Cetrus. Leia o resumo a seguir:

Resumo

As cardiopatias congênitas são um dos tipos mais comuns de malformações ao nascimento. Graças aos avanços nas técnicas cirúrgicas e na terapia intensiva, a maioria das crianças com formas graves de cardiopatias congênitas sobrevive até a idade adulta. No entanto, esse aumento na expectativa de vida tem um custo. Os pacientes de doença cardíaca congênita têm funcionamento neurológico abaixo da faixa normal. Um grande espectro de imaturidade do sistema nervoso central leva aos déficits observados na doença coronariana crítica. O coração se desenvolve no início da gestação e a doença cardíaca congênita tem um efeito direto no desenvolvimento do cérebro do feto até o final da gestação. Bebês a termo com condições críticas nascem com cérebro imaturo, que é altamente suscetível a lesões hipóxico-isquêmicas. Os distúrbios do fluxo sanguíneo perioperatório devido à cardiopatia congênita e ao uso de circulação extracorpórea ou parada circulatória durante a cirurgia causam novas lesões neurológicas. Fatores inatos do paciente, como síndromes genéticas e nascimento prematuro, e complicações pós-operatórias desempenham um papel maior na lesão neurológica do que fatores perioperatórios. Estratégias para reduzir o impacto desta deficiência em portadores destes quadros críticos são urgentemente necessárias.

Leia a íntegra do artigo aqui:

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