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Osteofitose: conheça mais sobre o bico de papagaio

A osteofitose, popularmente conhecida como “bico de papagaio“, é uma condição comum que afeta a coluna vertebral e pode gerar dor e desconforto. 

Neste texto, vamos explorar mais sobre as causas, sintomas e tratamentos disponíveis para essa condição, a fim de ajudar a compreender melhor. Boa leitura!

O que é osteofitose?

A osteofitose, popularmente conhecida como “bico de papagaio”, é uma condição degenerativa que afeta as articulações da coluna vertebral. Essa condição é caracterizada pelo crescimento anormal de pequenas protuberâncias ósseas (osteófitos) que se formam nas bordas das vértebras da coluna vertebral.

A osteofitose é frequentemente associada ao processo de envelhecimento e à degeneração das articulações. Conforme as articulações se desgastam, o corpo tenta reparar o dano formando no tecido ósseo, o que pode resultar em crescimentos ósseos irregulares.

O que pode causar osteofitose?

A osteofitose pode ser causada por diversos fatores. A seguir, listamos algumas das principais causas da doença:

  • Desgaste natural das articulações: como resultado do desgaste natural das articulações devido à idade, o corpo tenta compensar a perda de cartilagem, formando osteófitos ao redor das articulações;
  • Lesões: traumas, quedas ou acidentes que afetam as articulações podem desencadear a formação de osteófitos;
  • Sobrecarga nas articulações: algumas atividades físicas que sobrecarregam as articulações, como levantar pesos em excesso, podem aumentar o risco de formação de osteófitos;
  • Má postura: pode causar sobrecarga nas articulações da coluna vertebral, favorecendo a formação de osteófitos;
  • Obesidade: O excesso de peso pode sobrecarregar as articulações, aumentando o risco de formação de osteófitos;
  • Fatores genéticos: algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para desenvolver a doença.

Principais sintomas

Os sintomas da osteofitose podem variar de acordo com a localização dos osteófitos.

Algumas pessoas podem não apresentar sintomas, enquanto outras podem experimentar dor e desconforto.

Veja a seguir alguns dos sintomas mais comuns associados essa condição:

  • Dor: pode ser leve ou intensa e localizada ou espalhada por uma área maior;’
  • Rigidez: pode ser mais intensa pela manhã ou após períodos prolongados de inatividade;
  • Dificuldade de movimento: a formação de osteófitos pode dificultar o movimento das articulações afetadas’
  • Inchaço: Algumas pessoas podem experimentar inchaço nas articulações afetadas’
  • Formação de nódulos: Em alguns casos, a condição pode levar à formação de nódulos ósseos palpáveis;
  • Alterações na postura: em casos mais graves, a condição pode afetar a postura, causando inclinação ou curvatura anormal da coluna vertebral.
  • Fraqueza muscular: A fraqueza muscular pode ser um sintoma associado à doença, especialmente se os osteófitos estão pressionando nervos próximos.

É importante destacar que alguns dos sintomas da osteofitose são semelhantes aos de outras doenças osteoarticulares, como a artrite.

Por este motivo, é essencial buscar orientação médica para confirmar o diagnóstico e receber o tratamento adequado.

Diagnóstico de osteofitose

Como vimos, a osteofitose é uma condição que se caracteriza pelo crescimento excessivo de osso ao redor das articulações. Esses crescimentos podem causar dor, rigidez e limitação dos movimentos articulares.

O diagnóstico da osteofitose é feito por meio de uma combinação de exame físico, história clínica e exames de imagem. O médico deve estar atento aos sintomas do paciente, como dor e rigidez nas articulações afetadas, além de avaliar a amplitude dos movimentos articulares.

Exames de imagem são fundamentais para confirmar o diagnóstico dessa condição. A radiografia é o exame inicial mais comum e pode mostrar a presença de esporões ósseos ao redor das articulações afetadas. A ressonância magnética também pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da doença, especialmente em casos mais avançados.

Outros exames úteis incluem a tomografia computadorizada e a cintilografia óssea. A tomografia computadorizada pode fornecer imagens mais detalhadas das estruturas ósseas, enquanto a cintilografia óssea é capaz de detectar áreas com maior atividade óssea, o que pode indicar a presença de osteófitos.

Quais são os tratamentos?

O tratamento depende da gravidade dos sintomas e do estágio da doença e, em linhas gerais, tem duas fases distintas. A primeira é quando o paciente procura ajuda médica devido a uma situação aguda de dor. 

Nessa fase, é importante retirar o paciente do quadro agudo de dor, e o médico ortopedista pode prescrever analgésicos e anti-inflamatórios específicos para ajudar no alívio do sofrimento. 

Embora o repouso seja indicado nos primeiros dias, pessoas que têm casos crônicos devem buscar tratamento adequado, como sessões de fisioterapia, procedimentos analgésicos, correntes analgésicas, laserterapia e exercícios específicos.

Na segunda fase, a fisioterapia é importante para melhorar a postura e fortalecer a musculatura que sustenta a articulação afetada. Com sessões frequentes, o paciente tende a apresentar uma melhora significativa dos sintomas e, em muitos casos, prevenir a evolução do problema. 

É importante ressaltar que o desgaste sofrido pela articulação é irreversível e que não há uma forma de “retirar” o bico de papagaio de maneira conservadora, mas apenas com cirurgias.

O tratamento cirúrgico é indicado em casos em que o paciente já tentou o tratamento mais conservador, sem sucesso ou que há sinais de desalinhamento progressivo da coluna, com dor intensa e alteração de força e sensibilidade nos membros adjacentes. 

A cirurgia pode envolver a colocação de próteses, no local do disco afetado, ou então pela fusão vertebral. Além disso, também são utilizados enxertos ósseos e parafusos para estabilização da coluna.

Em relação à osteofitose em outras articulações, geralmente, ela está associada a um desgaste severo e pode requerer substituição articular ou artroscopia para limpeza da região. 

Após a cirurgia, o paciente deve fazer diversas sessões de fisioterapia, para retomar a movimentação adequada da região. 

Com a evolução das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e com a evolução de materiais para implantes, a indicação cirúrgica tem um risco menor.

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Como prevenir?

Para prevenir a osteofitose, é recomendável seguir algumas medidas:

  • Manter uma boa postura: posturas inadequadas podem colocar pressão desnecessária nas articulações, o que pode aumentar o risco de desenvolver a doença, portanto, mantenha a coluna vertebral alinhada e evite curvar-se ou sentar-se em uma posição ruim;
  • Praticar exercícios regulares: o exercício ajuda a manter as articulações móveis e fortalece os músculos ao redor das articulações, o que pode ajudar a prevenir a doença. É recomendável escolher exercícios que não coloque muita pressão nas articulações, como caminhar, nadar ou andar de bicicleta;
  • Manter um peso saudável: o excesso de peso pode colocar pressão extra nas articulações, o que pode aumentar o risco de desenvolver a condição. Portanto, manter um peso saudável pode ajudar a prevenir a doença;
  • Ter uma dieta saudável: uma dieta equilibrada, com muitas frutas, verduras e alimentos ricos em cálcio e vitamina D pode ajudar a manter os ossos e as articulações saudáveis.
  • Evitar lesões: lesões nas articulações aumentam o risco de desenvolver osteofitose. Portanto, é recomendável usar equipamentos de proteção durante atividades esportivas e evitar movimentos bruscos que possam causar lesões;
  • Tratamento precoce de doenças articulares: se você tem artrite ou outra doença articular, siga as orientações do seu médico para tratá-la. O tratamento precoce ajuda a prevenir o desenvolvimento de osteofitose.
ilustração de mulher com osteofitose e destaque em ilustração aparente

Conclusão

Em conclusão, a osteofitose, ou “bico de papagaio”, é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida de quem sofre dela. Portanto, os médicos precisam estar atentos aos seus principais sintomas para ajudar seus pacientes a identificar a condição precocemente e, assim, evitar maiores complicações.

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