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Guia sobre lesões musculares: diagnóstico, tratamento e mais

As lesões musculares ocorrem em pessoas de todas as idades e níveis de atividade física, desde atletas profissionais até indivíduos que praticam atividades recreativas. Essas lesões são causadas por uma variedade de fatores, como trauma físico, uso excessivo dos músculos e falta de aquecimento adequado.

Esse tipo de lesão pode ser bastante doloroso e limitar a capacidade de realizar atividades cotidianas, além de comprometer o desempenho esportivo. Por isso, é importante estar ciente dos sintomas e das opções de tratamento disponíveis para ser capaz de oferecer uma recuperação rápida e segura para seus pacientes.

Neste guia completo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre lesões musculares, desde os tipos de lesões mais comuns até os tratamentos mais adequados para cada caso. Continue lendo para entender mais!

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O que são lesões musculares?

Lesão muscular é uma condição comum que afeta os músculos do corpo. Elas variam em gravidade e vão desde pequenas distensões até rupturas musculares mais graves. Elas ocorrem quando o músculo é esticado ou forçado além de sua capacidade normal, resultando em danos às fibras musculares.

Existem diferentes tipos de lesões musculares, incluindo estiramentos musculares, distensões e rupturas musculares parciais ou completas. Os sintomas incluem dor, inchaço, sensibilidade, perda de força e restrição do movimento. Em casos mais graves, ocorrem hematomas ou deformidades visíveis na área afetada.

O diagnóstico geralmente é feito com base na história clínica do paciente, exame físico e, em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética. O tratamento inclui repouso, aplicação de gelo, compressão e elevação (método RICE), medicamentos para alívio da dor e inflamação, além de fisioterapia para ajudar na recuperação e fortalecimento do músculo afetado.

Causas de lesões musculares

Uma das principais causas das lesões musculares é o esforço excessivo ou repetitivo. Quando os músculos do corpo humano são submetidos a uma carga maior do que são capazes de suportar podem acabar lesionando, principalmente em casos de exercícios intensos ou repetitivos feitos sem condicionamento ou usando de técnica incorreta.

Outra causa comum são os traumatismos diretos. Por exemplo, um impacto repentino ou uma pancada na região muscular pode levar a lesões, contusões ou rupturas. Essas lesões podem ocorrer durante a prática esportiva, acidentes automobilísticos ou quedas.

Assim sendo, o desequilíbrio muscular e a falta de flexibilidade aumentam o risco de lesões musculares. Músculos fracos ou encurtados são mais propensos a sofrerem lesões durante o esforço físico. Por isso, é fundamental trabalhar o fortalecimento muscular e a flexibilidade para reduzir o risco de lesões.

Por fim, fatores como a idade avançada, a má alimentação, a falta de descanso adequado e o uso de substâncias prejudiciais, como álcool e tabaco e outras drogas, também contribuem para o surgimento de lesões musculares.

Quais são os tipos de lesões musculares?

Existem diferentes tipos de lesões musculares, que variam em gravidade e extensão. É importante que os médicos estejam familiarizados com esses diferentes tipos de lesões para diagnosticar e tratar adequadamente seus pacientes.

Uma das lesões musculares mais comuns é o estiramento muscular. Ele ocorre quando as fibras musculares se esticam além de seu limite, causando dor e desconforto na área afetada. De modo geral, os estiramentos são causados por um esforço excessivo ou pela falta de aquecimento adequado antes da atividade física.

Outra lesão muscular comum é a contusão, que ocorre quando o músculo é golpeado por um objeto ou sofre um impacto direto. Contusões musculares geralmente causam dor, inchaço e hematoma na área afetada.

A ruptura muscular, por sua vez, é uma lesão mais grave, em que as fibras musculares se separam completamente. Ela normalmente ocorre devido a um esforço excessivo ou a um traumatismo direto que varia em gravidade, desde pequenas rupturas até as completas.

Por fim, a distensão muscular ocorre quando o músculo é alongado além do limite, causando lesões nos tecidos moles circundantes, como ligamentos e tendões. Isso acontece devido a um esforço excessivo ou a um trauma direto. As distensões musculares são comuns em áreas como o pescoço, ombros e costas.

Fatores de risco

Um dos principais fatores de risco para lesões musculares é a falta de condicionamento físico. Pessoas que não estão adequadamente preparadas fisicamente para realizar determinadas atividades têm maior probabilidade de sofrer lesões musculares. Ou seja, a fraqueza muscular e a falta de flexibilidade também contribuem para o aumento do risco de lesões.

Além disso, a falta de aquecimento adequado antes da atividade física é outro fator de risco importante. Este passo prepara os músculos para o esforço e aumenta a flexibilidade, ajudando a prevenir lesões musculares. Aqueles que não realizam um aquecimento adequado estão mais propensos a sofrer lesões durante a prática esportiva ou outras atividades.

A idade também é um fator de risco, pois à medida que envelhecemos, os músculos tendem a perder força e flexibilidade, tornando-os mais rígidos e suscetíveis a lesões. Além disso, certas condições médicas, como a osteoporose, podem aumentar o risco de lesões musculares e ósseas.

Outros fatores de risco incluem a sobrecarga repetitiva dos músculos, a falta de descanso adequado entre as sessões de treinamento, o uso inadequado de equipamentos de exercício e o desequilíbrio muscular.

Ao avaliar um paciente com lesão muscular, é importante considerar esses fatores de risco e adaptar o tratamento e as orientações de prevenção de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Sintomas frequentes

Os sintomas associados às lesões musculares variam dependendo da gravidade e do tipo de lesão. No entanto, existem alguns mais frequentes que ajudam os médicos a identificar o problema corretamente.

A dor é o sintoma mais comum associado a lesões musculares. Ela é localizada em uma área específica e varia em intensidade, sendo descrita como uma aguda, latejante ou queimante. Inchaço ou edema também são sintomas frequentes associados a lesões musculares. O inchaço pode ser causado por uma resposta inflamatória à lesão e é observado como uma área inchada ou elevada ao redor da lesão.

Hematomas ou equimoses também são outros indicadores  comuns de lesão muscular. A lesão pode causar um vazamento de sangue em vasos próximos ao músculo lesionado, resultando em uma descoloração visível da pele.

Além disso, o paciente pode experimentar fraqueza muscular ou limitação da amplitude de movimento do músculo afetado. Também é possível que o paciente sinta uma sensação de rigidez ou tensão muscular na área da lesão.

Como é o diagnóstico?

Determinar se um músculo está lesionado requer uma avaliação cuidadosa dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente. Mas existem alguns indicadores-chaves que podem ajudar os médicos a identificar o problema.

A dor localizada é o sintoma comum associado a lesões musculares. O paciente relata dor em uma área específica, que varia em intensidade dependendo da gravidade da lesão. Durante o histórico clínico, o médico realiza perguntas detalhadas sobre a natureza da lesão, como ocorreu, os sintomas apresentados e quaisquer fatores de risco associados. Esse questionário fornece informações importantes para orientar a avaliação diagnóstica.

Além da dor, ele pode experimentar outros sintomas, como inchaço ou edema na área da lesão, sinais que podem indicar uma resposta inflamatória. A presença de hematomas ou equimoses também pode ser observada quando há o sugerindo um sangramento interno ou outro sintoma. A palpação cuidadosa também será feita para avaliar a sensibilidade e a presença de pontos dolorosos.

Os exames de imagem são utilizados para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão muscular. A ultrassonografia, por exemplo, é frequentemente utilizada para visualizar as estruturas musculares, identificar alterações no tecido muscular e avaliar a integridade dos tendões adjacentes, enquanto a ressonância magnética é uma ferramenta útil para obter imagens detalhadas das estruturas musculares, permitindo uma melhor visualização de lesões, como rupturas musculares.

Tratamentos invasivos e não invasivos

Os tratamentos não invasivos são geralmente recomendados para lesões musculares de menor gravidade, como repouso adequado para permitir a cicatrização do músculo afetado, aplicação de gelo na área lesionada para reduzir a inflamação e aliviar a dor e o uso de compressão e elevação para reduzir o inchaço.

A fisioterapia é outra abordagem não invasiva comumente utilizada no tratamento de lesões musculares. Os exercícios terapêuticos são prescritos para fortalecer e alongar os músculos afetados, melhorando a amplitude de movimento e ajudando na recuperação funcional.

Outras modalidades, como a terapia por ultrassom e a estimulação elétrica, também podem ser empregadas para auxiliar na recuperação e alívio da dor.

Elas possuem a capacidade de induzir a migração de células-tronco para o tecido vegetal, para estimular sua proliferação e, eventualmente, alcançar o reparo dos tecidos danificados, promovendo maior qualidade de vida aos pacientes.

No final do século passado começou a propagação da medicina regenerativa e abriu o caminho para o surgimento dos produtos ortobiológicos, que são substâncias ricas em células e/ou fatores de crescimento coletadas do corpo do próprio paciente para serem usadas como parte do tratamento lesões  musculares, ósseas, tendinosas, articulares ou neurais. Eles têm a capacidade de diminuir a dor, acelerar a cura e melhorar a recuperação.

Os mais conhecidos entre os produtos ortobiólógicos são os derivados de sangue: o plasma rico em plaquetas (PRP),  plasma pobre em plaquetas (PPP) o plasma rico em fibrina (PRF), o plasma rico em fatores de crescimento (PRGF) e outras formas de preparo do plasma que tem nomenclatura variada.

Além dos derivados de sangue existem os produtos de tecidos que contém células-tronco mesenquimais: o mais conhecido é o BMA (bone marrow aspirate), quem em tradução significa concentrado do aspirado da medula óssea que é obtido após aspiração e centrifugação do conteúdo da medula óssea.

Dessa maneira, nas lesões musculares, além dos tratamentos convencionais, o médico pode fazer uso dos produtos ortobiológicos, como são os casos dos PRs e do BMA.

Em casos mais graves ou quando as lesões não respondem adequadamente aos tratamentos não invasivos, os invasivos podem e devem ser considerados. Isso inclui intervenções cirúrgicas, como reparo ou reconstrução do músculo danificado. 

No entanto, a decisão de utilizar tratamentos invasivos deve ser cuidadosamente avaliada pelo paciente, e é papel do médico ajudá-lo a considerar todos os riscos e benefícios individuais para melhorar a sua qualidade de vida.

Quanto tempo leva para curar uma lesão muscular?

O tempo necessário para a cura completa de uma lesão muscular varia de acordo com diversos fatores, como o local, a gravidade da lesão, o tipo de lesão muscular e o tratamento aplicado.

Lesões musculares leves, como estiramentos de grau leve, geralmente se curam em algumas semanas, com a devida atenção aos cuidados e tratamentos recomendados. Nesses casos, repouso, aplicação de gelo, compressão e elevação, além de fisioterapia para fortalecimento e alongamento progressivo do músculo, ajudam na recuperação.

Lesões musculares mais graves, como rupturas parciais ou completas, levam mais tempo para cicatrizar. O período de recuperação varia de algumas semanas a meses, dependendo da extensão da lesão e do tratamento aplicado. Nesses casos, intervenções médicas, como cirurgia de reparo do músculo danificado podem ser necessárias.

É importante ressaltar que cada lesão é única e que o tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa. A adesão rigorosa às orientações médicas, o repouso adequado, a realização dos exercícios de reabilitação prescritos e a progressão gradual das atividades físicas são fundamentais para uma recuperação completa e segura.

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